Paulo de Castro Aguiar

Estimulação Cerebral Profunda (ECP) tem efeitos terapêuticos significativos em pacientes com a doença de Parkinson (DP). Contudo, a tecnologia atual não é ainda perfeita e tem limitações críticas que requerem atenção urgente. Esta proposta tira partido de uma nova geração de neuroestimuladores implantáveis com capacidade de registro de atividade neuronal, para preparar o caminho para terapias ECP mais eficazes. Combinando especialistas clínicos em ECP, neurocientistas e engenheiros biomédicos, esta proposta analisará em detalhe os dados neurofisiológicos de pacientes com DP implantados com esta nova geração de neuroestimuladores. O objetivo é estudar cada paciente individualmente para identificar assinaturas de atividade neuronal que possam refletir estados e sintomas específicos da doença. Esses chamados “biomarcadores eletrofisiológicos” serão explorados no contexto desta proposta para melhorar dois aspetos complementares da terapia ECP. Primeiramente, essas medidas quantitativas serão utilizadas para propor protocolos mais objetivos para a parametrização das configurações do neuroestimulador. Isso aumentará significativamente a probabilidade de o paciente receber as melhores configurações para as condições atuais da doença. Em segundo lugar, também será avaliado o valor clínico dos biomarcadores de atividade neuronal identificados para monitorar a progressão da doença e a resposta ao tratamento.

Os métodos desenvolvidos nesta proposta para analisar as assinaturas de atividade neuronal serão disponibilizados publicamente para benefício imediato de clínicos e investigadores que trabalham com DBS para DP.

> Rui Manuel Cardoso Vaz
> João Paulo Trigueiros da Silva Cunha
> Andreia Magalhães Oliveira
> Carolina Lourenço Soares
> Domingos Dias Costa Leite de Castro
> José Carlos Barreiro Mateus
> Manuel João Neves Ferreira Pinto
> Miguel Ângelo Mouta Martins Aroso
> Rui Manuel Moreira Araújo
> Sara Cristina da Costa e Silva